• Quem somos
  • Parceiros
  • Contato
  • Sites Ibase
    • Ibase
    • BNDES Sem Segredos
    • Incid
    • Observatório da Indústria Extrativa
Canal IbaseCanal Ibase
  • Notícias
    • Acesso à informação
    • Cidadania
    • Cidades e territórios
    • Direitos Humanos
    • Economia
    • Juventude
    • Meio ambiente
    • Mundo
    • Segurança alimentar
  • Artigos
  • Trincheiras
  • Especiais
    • Aldeia Maracanã
    • Código da mineração
    • Cúpula dos Povos
    • Eleições 2012
    • FSM 2013
    • FSM 2015
    • Manifestações 2014
    • Plataforma Ibase
    • Rio+20
  • Multimídia
    • Vídeo
    • Áudio
} ?>
  • air jordan pas cher
  • jordan chaussure
  • jordan scarpe
  • Scarpe New Balance
  • huarache femme
  • air max femme
  • Jordan femme
  • jordan chaussure
  • new balance femme
  • air max pas cher
  • jordan femme
  • new balance femme
  • nike air more uptempo
  • Scarpe New Balance
  • new balance shoes
  • Scarpe New Balance
  • new balance 574

A hora é de acertar o rumo do país

29 de outubro de 2014

Tweet
Pin it

Candido Grybowski
Do Canal Ibase

Dilma e Lula logo após o resultado

Dilma e Lula logo após o resultado

A Presidenta Dilma Rousseff foi reeleita, mas quem ganhou foi a cidadania e a democracia do Brasil, com uma disputa eleitoral que mostrou reconhecimento de conquistas importantes, mas ao mesmo tempo a necessidade de mudanças. Se o poder constituído pelo mandato das urnas saberá se sintonizar com a cidadania reivindicante é uma questão em aberto. Dilma Rousseff, em particular, deve sua reeleição à cidadania mais organizada e militante, de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Neste segundo turno, mesmo com críticas abertas ao distanciamento de movimentos sociais e do tecido associativo da cidadania e com frustrações diante de um desenvolvimentismo incapaz de promover reformas mais estruturais na sociedade brasileira, setores mais organizados e militantes na sociedade civil se engajaram na disputa para evitar uma volta a políticas mais neoliberais, encampadas pelo candidato Aécio Neves. Mas o voto de reeleição – majoritário por pequena margem de 3,5%, de 3,5 milhões de votos – precisa ser visto como um pedido de mais e não simplesmente do mesmo.

Estamos diante do futuro que estamos construindo a partir do aqui e agora. Toda a campanha foi mais de formas de gestão, de fazer melhor o mesmo por esta ou aquela candidatura, do que de projetos de futuro, do Brasil para si e para o mundo. No seio da cidadania, porém, o que se quer é o Brasil de amanhã. Isto implica em acertar rumos e opções estratégicas desde já, no que fazemos hoje.

Como eleitor de Dilma, me somo aos mais de 53,5 milhões de brasileiras e brasileiras que querem um aprofundamento democrático mais radical. Demandamos um reformismo mais consistente, mais transformador de um país ainda marcado pela colonialidade e posição dependente na geopolítica mundial. As iniciativas em termos de relações externas e de políticas sociais internas feitos até aqui pelos governos do PT ainda não marcam mudanças de rumos. As ruas, a cidadania mobilizada, demanda políticas sociais mais universalizantes e consistentes, capazes de requalificar e apontar transformações na economia socialmente injusta, excludente e insustentável que continuamos a manter e expandir, quase intocável em sua estrutura e modelo. Também exigimos um Brasil solidário e cooperativo, engajado na mudança da insustentável estrutura mundial de poder dominada por imperialismos militarizados, a serviço de grandes corporações econômicas e financeiras de atual global. Não podemos continuar com modestas iniciativas Sul-Sul e forte dependência de emergentes, entre eles algumas das potências mais autoritárias.

Ouvi o discurso de Dilma após o anúncio da vitória. Foi um discurso de chamado à união nacional, extremamente oportuno, pois de um lado e outro, com Dilma ou Aécio, e mesmo os que anularam votos, votaram em branco ou se abstiveram, compartimos uma mesma condição política de cidadania. Todos temos sonhos, desejos, vontades e projetos e o expressamos isto nas urnas de algum modo. Esta é a fonte de energia transformadora da democracia, que não dá poder absoluto, mas sempre relativo e de compromisso entre vencedores e vencidos. Sim, precisamos repensar e potencializar o país tendo a realidade geopolítica nacional desenhada pelas urnas. Como sintonizar com toda a cidadania, evidentemente sem renunciar a uma direção apontada, por menor indício que ela seja vendo-se o voto. Para Dilma, trata-se de partir da base construída por seu governo e pelos 8 anos de governo de Lula e fazer mais. Mas não só do mesmo. A cidadania militante despertada neste segundo turno quer as mudanças esperadas e que ainda não aconteceram. Por isto a sensação de um futuro incerto expresso nas urnas. Clarear isto buscando forças após uma renhida disputa eleitoral é um enorme desafio. Mas é nisto que pode se revelar a grandeza de estadista da Dilma no segundo mandato. Difícil nunca é impossível nas democracias. Mas demanda visão e ousadia.

Fiquei preocupado com o discurso no hotel de Brasília assim que o TSE declarou a vitória de Dilma e Michel Temer. Fora a tal condição da necessária busca de união nacional, não vi sinais que apontem para algo novo como universalização das políticas públicas de saúde e educação ao invés da duplicidade atual, balançando entre público e negócios privados em torno a direitos fundamentais de cidadania. O mais surpreendente é que fora manter a estabilidade (inflação e responsabilidade fiscal) a Dilma nada anunciou de novo, absolutamente nada, sobre como enfrentar as contradições do “desenvolvimentismo” de pernas curtas, perigosamente reprimarizador da economia, socialmente injusto e destrutivo do meio ambiente, até aqui apoiado por políticas estatais mais ativas. Não estamos mudando a nossa base estrutural, condição do futuro da sociedade numa perspectiva de justiça socioambiental. Estamos até aqui combinando o mesmo modelo de desenvolvimento com políticas sociais mais consistentes. Isto atende a urgências e emergências, louváveis de um ponto de vista ético e democrático, mas é insuficiente para gerar outro país, baseado em outra lógica de organização econômica, social, cultural e política.

Ficou faltando também, nesse discurso da vitória, algo mais consistente que reconhecer o fato de sermos uma das maiores democracias no mundo. Temos uma enorme responsabilidade no mundo, esta é uma verdade que precisamos encarar de frente. Aliás, o mundo nos olha como força para que possibilidades de outros mundos surjam, superando a globalização neoliberal, do domínio pelo “cassino” global e por exércitos e guerras sem futuro. Para alguém profundamente engajado no processo do Fórum Social Mundial, nascido do seio da sociedade civil brasileira e abraçado pelo mundo, fico frustrado e, penso, este é um sentimento comum na nascente cidadania planetária. Gostaria que Dilma e seu entorno entendessem que a cidadania do Brasil e do mundo espera mais e muito mais para que as mudanças geopolíticas apontem para mais cooperação e menos conflito e dominação. Nenhuma palavra a respeito é um começo preocupante para os próximos 4 anos.

Enfim, a reforma política anunciada no discurso é, sem dúvida, um começo. Muitas outras reformas são necessárias para revitalizar a democracia no Brasil, para despertar na cidadania uma onda de democratização tão e mais poderosa que nos permitiu superar a ditadura. O que precisamos é de sinais firme da timoneira no rumo das mudanças necessárias, tornando o impossível possível, força das democracias.

Leia também

A concertação política como opção estratégica

Cândido Grzybowski /

A concertação política como opção estratégica

Luta contra mineração no Camaquã entra no mapa de conflitos socioambientais de atenção mundial

Notícias /

Luta contra mineração no Camaquã entra no mapa de conflitos socioambientais de atenção mundial

A vitória da democracia na Grécia

Cândido Grzybowski /

A vitória da democracia na Grécia

Livro reflete sobre atuação de pesquisadores após a tragédia em Mariana

Notícias /

Livro reflete sobre atuação de pesquisadores após a tragédia em Mariana

Cândido Grzybowski /

Mulheres que fizeram a diferença na minha vida

Topo

  • Home
  • Notícias
  • Artigos
  • Trincheiras
  • Especiais
  • Multimídia
  • Quem somos
  • Parceiros
  • Contato
Rua Senador Dantas, 40 - 2º andar - Centro - Rio de Janeiro · Telefone: + 55 (21) 3528-3535
Desenvolvido por Prima Estúdio