Agricultura familiar pelo fim da miséria
Embora a alimentação adequada seja considerada pela ONU o direito humano mais fundamental, quase 870 milhões de pessoas passam fome no mundo, segundo um relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) sobre o biênio 2010-2012. As economias de baixa renda importadoras de alimentos estão enfrentando cada vez mais dificuldades no acesso a alimentos básicos. Neste cenário, como garantir o acesso a alimentos, em especial nos países em desenvolvimento?
O capítulo 5 da série “Ideias para erradicar a miséria”, produzida pelo Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG), aborda o tema da agricultura familiar e apresenta iniciativas que têm trazido resultados positivos nos últimos anos e podem ser o caminho para a almejada segurança alimentar .
As recentes inovações do Brasil e da Índia são destaques, na visão de especialistas da área que são entrevistados no vídeo. Uma delas é a experiência brasileira com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), uma das ações do Fome Zero e promove o acesso a alimentos às populações em situação de insegurança alimentar e promove a inclusão social e econômica no campo por meio do fortalecimento da agricultura familiar.
Na Índia também já existem bons exemplos de políticas públicas que buscam novos paradigmas de desenvolvimento rural. Um olhar atento do Estado aos pequenos agricultores, historicamente prejudicados pela falta de incentivos consistentes e pelos abundantes subsídios concedidos aos grandes proprietários de terra, é o que falta para gerar unir segurança alimentar, criação de emprego e renda no meio rural e empoderamento das comunidades rurais. Assista ao vídeo a seguir.
tiago thorlby
7 de dezembro de 2012 @ 00:06
A mesquinhez da classe dominante nos corrompe! Já chega de falar em “segurança alimentar” – já chega desta mesquinhez na hora de pensar Brasil … Brasil: continental, colorido e, acima de tudo – Soberano! Sim, soberano – assim como em Soberania Alimentar.
Jose Sousa da Hora Filho
7 de dezembro de 2012 @ 01:45
O programa é bem desenhado e com bons resultados em alguns locais. Valença-Ba e região é um bom exemplo do programa. A dificuldade está no acompanhamento e orientação técnica aos pequenos agricultores. Os Bancos, oficiais e privados não tem sido bons parceiros na hora da liberação de recuros, por outro lado as secretarias municipais de agricultura não vem dando a devida atenção ao programa. Vejo os pequenos produtores querendo avançar porem vejo a falta de assistencia nos diversos campso que deveriam atuar em parceria.
Lucia Zanato Tureck
7 de dezembro de 2012 @ 08:38
Concordo com os comentários anteriores. O apoio técnico e político nos pequenos municípios – que são a maioria no país – ainda é precário; e, por ser fundamental, sua ausência acaba limitando as possibilidades do Programa efetivar-se e apresentar os resultados que têm força para mudar a realidade da produção de alimentos e condições da Agricultura Familiar. Certamente esta falta de apoio relaciona-se com a visão elitista dos políticos e técnicos.