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Caminhada na Maré e de todas as favelas

Caminhada na Maré e de todas as favelas

5 de julho de 2016

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Por Carlos Gonçalves

do Fórum de Juventudes do RJ e educador popular de física do pré-vestibular comunitário da Maré/CEASM

Quantos moradores morreram na favela pela polícia? Quantos jovens negros foram chamados de bandidos? Quantas mães engoliram o choro dilacerante ao saber do filho morto e não poder enterrá-lo? Essas são algumas perguntas que trazem à tona a realidade da polícia, que é o grande símbolo repressivo para a favela e a população negra nesse país. No bojo de seus cúmplices está o judiciário, que apoia em suas ações e investidas contra esse grupo social. Ambiciosos pela manutenção do poder e da ordem vigente pelos grandes barões do Estado, afirmaram, entre outras ideias, a necessidade da militarização da gestão pública desses espaços, através das chamadas UPP’s. A Maré, que se destaca com as proximidades das Olimpíadas, sente de perto esse efeito da cidade vitrine dos megaeventos.

Passaram um pouco mais de 3 anos desde a chacina na Maré, e a sua imagem ainda permanece latente no imaginário  dos moradores desse bairro. A madrugada do dia 24 para 25 de junho de 2013 ficou marcada como o momento em que a BOPE,  com a sua política do “revanchismo”, condenou 10  pessoas a morte em resposta a morte de um dos seus.  A infeliz “cultura” da democracia das chacinas se instaurou nas favelas, baixadas e áreas de periferia do Rio de Janeiro, centrada na justificativa da eliminação do inimigo, e, sob o pretexto dessa disfarçada guerra às drogas, mostra sua verdadeira face quando analisada mais profundamente: a real guerra é contra os negros e os setores mais pobres desse país.

Não são poucos os casos emblemáticos que a Maré vem sofrendo. Em 2008, por exemplo, o caso do Matheus Rodrigues foi um dos mais levantados. Uma criança de apenas 8 anos que levou um tiro de fuzil na cabeça é a imagem que ficou marcada na memória de todos os Maréenses, estirado no chão com uma moeda de 1 real na mão. A bala, que no momento entrou pela nuca e saiu pelo rosto, desfigurando-o, fazendo com que Matheus caísse sentado com o corpo para dentro de casa. A expressão “até quando?” foi sem sombra de dúvida a mais ecoada por todos os moradores do Morro do Timbau (Favela da Maré, onde o menino foi alvejado), que se manifestaram na época fechando a linha Vermelha e Amarela (principais vias que liga o Aeroporto do Galeão, a Barra da Tijuca). Enquanto que, por uma ironia do destino, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a 5 quilômetros da casa de Matheus, apresentava um projeto chamado “Território de Paz”, no Alemão, onde prometia uma polícia menos violenta.

Nos últimos meses a ideia de paz tem se tornado um sonho cada vez mais distante dos Moradores da Maré. O urbanismo do espetáculo na cidade olímpica, tem feito um verdadeiro urbanismo do massacre nesse conjunto de favelas, que sofre com os conflitos e tende a voltar a sofrer com uma das maiores bizarrices do laboratório olímpico: a ocupação do Exército e da Marinha, que chegaram a ficar quase 15 meses durante a Copa, e voltarão com a proximidade  das Olimpíadas. Resultante direta das investidas do Estado contra as favelas, a Maré sofreu na tarde do dia 29 de Junho desse ano mais uma investida do Estado, uma operação em conjunto do BOPE e da Core, justamente no horário de pico de entrada de trabalhadores e de saída de alunos da escola. Dessa vez, sob a justificativa de capturar um varejista do narcotráfico conhecido como Fat Family, o BOPE invadiu as casas dos moradores e os torturaram psicologicamente atrás do paradeiro do varejista. Não foram poucas as denúncias feitas pela página do facebook “Maré vive” sobre essa situação que se concentrou nas favelas do Parque União, Rubens Vaz e Nova Holanda. E como esperado, o resultado dessa operação de mais de 6 horas, tivemos vários feridos e uma pessoa morta, o ajudante de pedreiro José da Silva, de 40 anos, que a PM disse que “de acordo com a BOPE, o batalhão não foi acionado para socorrer nenhum ferido nesta operação”.

Movidos pela indignação do solado do coturno da opressão dos casos ocorridos na Maré, vários movimentos sociais, militantes da Maré e instituições de direitos humanos, chamam para esse sábado, 09 de julho, uma caminhada por memória, cultura e direitos na Maré, com concentração às 13h em frente ao Museu da Maré. Esses militantes articularam sob o protagonismo das mães vítimas desse Estado genocida e colocaram como pautas principais o repúdio à volta do Exército na Maré e o direito àa vida, que por muito é negado por esse Estado  racista, que, como bem explicado pelo Elimar Nascimento, precisam dos seus “excluídos necessários”, para manter e justificar o autoritarismo e a opressão.

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