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Irmandade, Terapia e Epistemologia

Irmandade, Terapia e Epistemologia

7 de junho de 2017

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Por Grasiela Araújo

Estudante de Pedagogia da UFRJ, preta produtora cultural e moradora de Senador Camará

Vivência de uma Preta no Pra que e Pra quem Servem as Pesquisas sobre Favelas?

O 5º encontro “Pra que e pra quem servem as pesquisas em Favelas” aconteceu no dia 06 de maio de 2017, pela primeira vez na zona oeste. Foi em um local muito simbólico para o tema desta edição. Falamos sobre Cultura, Favela e Academia no Espaço Sociocultural Arte em Conjunto, um lugar de convivência da favela do Sapo, em Senador Camará, onde acontecem muitas das expressões culturais da periferia, desde as paredes grafitadas até os bailes funk e as festas infantis.

Os encontros “Pra que e pra quem servem as pesquisas em Favelas” têm tido como objetivo estabelecer e mapear os fluxos de diálogo entre Academia, Pesquisas e Favelas e suas respectivas produções. Para além disso, é claro para nós o viés terapêutico que comumente se cria nessas reuniões.  Experiências semelhantes se aproximam. De diversas formas, as angústias compartilhadas se transformam em forças coletivas, dando suporte emocional, bibliográfico e metodológico à jornada dos pesquisadores e acadêmicos periféricos. Encorajamos nossa permanência  no espaço elitista e conservador da universidade. Reconhecendo e valorizando os conhecimentos e as escritas de nós, autores.

Dentre os tópicos mais citados neste encontro estão as formas alternativas de permanecer na universidade; a necessidade prática de se manter no mercado de trabalho durante o período de formação acadêmica; além da construção de táticas para o  enfrentamento do esquema segregador e opressor da academia por dentro de sua estrutura.

Falando sobre cultura, o tema deste encontro, é evidente a importância de reconhecer a fala e os conhecimentos das faveladas e favelados dentro da universidade. Esta instituição legitima o conhecimento das classes privilegiadas em detrimento das outras e até hoje deturpa a ideia de cultura popular, contribuindo para a criação de vários estereótipos, negando as memórias desses territórios e reproduzindo conceitos equivocados e simplistas sobre o que é a favela e o que/quem a compõem.

O olhar afastado e distorcido sobre a cultura e arte na favela marginaliza essas produções e reforça a linha imaginária que separa a arte produzida nas periferias das produções das elites. Além disso, reforça o consumo da cultura dominante, invisibilizando o valor das práticas culturais e das memórias locais.

Neste encontro refletimos sobre as atitudes neocoloniais em territórios populares e questionamos a exploração dos costumes, histórias e memórias das favelas. Essa prática “super-heróica” traz consigo a lógica de que novas produções salvam a favela. A arte das classes sociais privilegiadas em territórios favelados e periféricos não representam as pessoas que ali vivem. Cada lugar é único dentro de suas especificidades. Imagens e frases hegemonicamente reconhecidas como “de favela” não são suficientes para traduzir essa realidade.

Falar sobre Pesquisa, Universidade e Cultura neste dia também nos fez entender que sofremos das mesmas angústias neste espaço. A forma como os debates vêm sendo discutidos reproduz ideias colonizadoras, reproduzindo o privilégio do conhecimento dos mais estabelecidos em detrimento dos outros. Além disso, ignora completamente as linguagens e formatos dos saberes das favelas e periferias. Dessa forma, vemos a importância de desconstruir o olhar etnocêntrico sobre a favela, inclusive entre os nossos; descobrir formas alternativas de existir e resistir na academia e re-criar a instituição para que não adoeça os estudantes e demais membros e leve em consideração outras saberes e culturas dentro de sua estrutura.

Certamente o coletivo saiu mais forte deste encontro, tendo fortalecido nossa existência enquanto pessoas e pesquisadora(e)s dentro e fora da academia, para que, juntos, tornemos a produção científica mais representativa e abrangente, para ampliar e inverter os papéis e as perspectivas dos sujeitos pesquisados e pesquisadores.

Aproveitamos e convidamos geral para o 6º Encontro Pra que e Pra Quem Servem as Pesquisas sobre Favelas?, que acontecerá no próximo dia 10 de junho a partir das 10:30 h no Museu da Maré(Av. Guilherme Maxwell, 26 – Favela da Maré) com a discussão sobre Elite e Branquitude.
Mais informações: https://www.facebook.com/events/309043589534279/?fref=ts

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