Marcha do Clima cobra medidas efetivas contra aquecimento global
Por Martha Neiva Moreira
do Ibase
Marchando ao som de uma fanfarra, cerca de 400 pessoas participaram da Marcha Global pelo Clima – Rio 2015. Várias tendências políticas do movimento ambientalista do Rio de Janeiro estiveram presentes. A manifestação saiu do Posto 8, em Ipanema e seguiu pela orla da Zona Sul até o Posto 4, em Copacabana, atraindo cada vez mais adeptos.
No Rio, como em todo o Brasil, a tragédia de Mariana (MG) ganhou destaque, com cartazes e performances. O rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco já é considerado o maior desastre ambiental da história brasileira no setor da mineração.
As manifestações da Marcha do Clima aconteceram em várias cidades do mundo, com o mesmo objetivo de pressionar os participantes da Conferência do Clima (COP21), que começa hoje (30) em Paris, para que adotem medidas efetivas para barrar o aquecimento no planeta. Será difícil que os países cheguem a um acordo para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e o desenvolvimento de uma economia de baixo
carbono.
A declaração conjunta dos movimentos e coletivos participantes da marcha no Rio, destacou dez reivindicações socioambientais relacionadas à mudança do clima, entre elas o fim de subsídios aos combustíveis fósseis, combate ao desmatamento, fomento à micro e à minigeração de energia solar e eólica e preservação dos recursos hídricos. Os manifestantes defenderam ainda o aprofundamento das investigações sobre o derramamento de lama de rejeitos no Rio Doce.