• Quem somos
  • Parceiros
  • Contato
  • Sites Ibase
    • Ibase
    • BNDES Sem Segredos
    • Incid
    • Observatório da Indústria Extrativa
Canal IbaseCanal Ibase
  • Notícias
    • Acesso à informação
    • Cidadania
    • Cidades e territórios
    • Direitos Humanos
    • Economia
    • Juventude
    • Meio ambiente
    • Mundo
    • Segurança alimentar
  • Artigos
  • Trincheiras
  • Especiais
    • Aldeia Maracanã
    • Código da mineração
    • Cúpula dos Povos
    • Eleições 2012
    • FSM 2013
    • FSM 2015
    • Manifestações 2014
    • Plataforma Ibase
    • Rio+20
  • Multimídia
    • Vídeo
    • Áudio
} ?>
  • air jordan pas cher
  • jordan chaussure
  • jordan scarpe
  • Scarpe New Balance
  • huarache femme
  • air max femme
  • Jordan femme
  • jordan chaussure
  • new balance femme
  • air max pas cher
  • jordan femme
  • new balance femme
  • nike air more uptempo
  • Scarpe New Balance
  • new balance shoes
  • Scarpe New Balance
  • new balance 574

Precisamos falar sobre o racismo

21 de novembro de 2014

Tweet
Pin it

Jarid Arraes
Publicada originalmente no Portal Fórum

O dia 20 de novembro desperta atitudes equivocadas e odiosas; muita gente se sente desconfortável com o fato de existir no Brasil uma data voltada para se falar do racismo. Essas pessoas se contorcem em agonia, porque não suportam encarar a negritude sendo feita protagonista de algo. O Dia da Consciência Negra incomoda demais.

Passeata no dia da Consciência Negra. Foto: Flickr

Passeata no dia da Consciência Negra. Foto: Flickr

Entre as diversas colocações distorcidas feitas a respeito do racismo, há muitos que simplesmente aconselham ignorar a existência da discriminação racial como forma de eliminá-la. O equívoco racista é um vírus tão contagioso que até mesmo uma instituição como a Ordem dos Advogados do Brasil, mais especificamente o seccional de Sergipe, publicou em sua página oficial do Facebook uma imagem lamentável, sugerindo que o racismo deixará de existir quando não falarmos dele.

Outros, ainda mais adeptos de clichês, dizem que não deveríamos falar da “Consciência Negra”, mas sim da “Consciência Humana”. Insinuam com isso que falar do racismo é a verdadeira causa da desigualdade e que, portanto, quando não enxergarmos mais as diferenças dos outros, não haverá mais discriminação. Tal lógica poderia ser considerada no mínimo ingênua, se não fosse, acima de tudo, extremamente perigosa.

O racismo não existe porque somos diferentes e enxergamos as nossas diferenças, tampouco deixará de existir se não falarmos dele. De fato, nenhum problema social de um país, assim como nenhum problema subjetivo de um sujeito, deixará de existir caso não se fale nele e se tente ignorá-lo. Pelo contrário, fechar os olhos para um problema faz com que ele cresça e se multiplique. O racismo já é uma mazela enraizada em nossa sociedade, já cresceu e se multiplicou em nossa cultura de uma forma tão cruel que dificulta tremendamente a conscientização e causa rejeição ao seu combate.

A Consciência Humana de hoje, caros amigos, é uma consciência fragmentada em valores de exclusão e atitudes hierarquizadas que reproduzem lógicas de poder e subjugação. Essa consciência é pouco humanizada e encontra as desculpas mais estapafúrdias para perpetuar a dominação de uns sobre os outros – de fato, a desumanização é tão profunda que a diversidade e as diferenças acabam se tornando coisas ruins, para as quais devemos fechar os olhos. Seu ideal é que viremos uma grande massa padronizada, muito bem encaixada em moldes específicos de pele clara, olhos claros, narizes afilados e cabelos lisos.

Por toda a discriminação pela qual as pessoas negras ainda são submetidas no Brasil, mesmo neste exato momento, 20 de novembro não é o dia da Consciência Humana. É o dia da Consciência Negra, dia de lembrar as consequências nefastas da escravidão no Brasil e de reconhecer que até hoje vivemos os resultados perversos e cotidianos do racismo. Num país que escravizou pessoas negras e teve como política oficial de Estado a tentativa de eliminar o negro da nação, o mês de novembro deve sempre ser uma oportunidade para que a vergonha do racismo não seja esquecida.

Salve Zumbi, Salve Dandara, Salve Negritude Brasileira!

 

Leia também

Violência no campo mata uma pessoa a cada cinco dias, aponta relatório

Direitos Humanos /

Violência no campo mata uma pessoa a cada cinco dias, aponta relatório

“A Emenda 95 é um instrumento permanente de violação em massa dos direitos humanos”, aponta Darci Frigo

Direitos Humanos /

“A Emenda 95 é um instrumento permanente de violação em massa dos direitos humanos”, aponta Darci Frigo

Somos Resistentes e Não Resilientes!

Direitos Humanos /

Somos Resistentes e Não Resilientes!

Familiares de vítimas do terrorismo de Estado realizam encontro hoje e amanhã

Direitos Humanos /

Familiares de vítimas do terrorismo de Estado realizam encontro hoje e amanhã

Relatos de uma guerra particular (o olhar de quem mora)

Direitos Humanos /

Relatos de uma guerra particular (o olhar de quem mora)

Topo

  • Home
  • Notícias
  • Artigos
  • Trincheiras
  • Especiais
  • Multimídia
  • Quem somos
  • Parceiros
  • Contato
Rua Senador Dantas, 40 - 2º andar - Centro - Rio de Janeiro · Telefone: + 55 (21) 3528-3535
Desenvolvido por Prima Estúdio